Sinopse

"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

segunda-feira, maio 26, 2014

Ceará: Alto nível de clareza nos gastos com a Copa do Mundo

Os dados são do Instituto Ethos de Responsabilidade Social

 

Pelo segundo ano consecutivo, o Estado do Ceará atingiu um nível “alto” de transparência na apuração dos Indicadores de Transparência dos governos dos estados que receberão os jogos da Copa 2014. A pesquisa, que é realizada pelo Instituto Ethos de Responsabilidade Social, avalia a quantidade e a qualidade das informações prestadas pelos governos dos Estados que sediarão as partidas do Mundial de Futebol. Em relação à avaliação anterior, o Estado aumentou sua pontuação de 65,22 para 68,55 pontos.


“É característico do Governo informar à população sobre tudo que vem sendo feito e todos os investimentos para melhorar a vida dos cearenses. Os resultados positivos dessa pesquisa reforçam nosso compromisso e clareza dos gastos públicos”, aponta o secretário Especial da Copa 2014 no Ceará, Ferruccio Feitosa.

 

A nota do índice é composta por 90 perguntas e embasada no conjunto de leis que avaliam o nível de transparência em duas dimensões: “Informação” e “Participação”. Na primeira parte, são avaliados tanto o conteúdo relevante disponibilizado ao cidadão como a qualidade dos canais de comunicação usados para difundir essas informações, tais como os portais de internet, telefones e o serviço de informação ao cidadão. No quesito Participação, são analisados a realização de audiências públicas e o funcionamento das ouvidorias.

 

Dos onze Estados analisados o Ceará obteve a segunda melhor pontuação nos indicadores de transparência, com 68,55 pontos, e com um nível “alto” de transparência.


resultado final

 

Resultado final

Para a Secretária de Estado Chefe da Controladoria e Ouvidoria Geral do Estado, Silvia Correia, o resultado obtido pelo Ceará reflete o reconhecimento pela prática da transparência e do fomento a participação da população no controle social que vem sendo adotada desde 2007 pelo Governo do Estado.

 

Comparativo

Em relação à pesquisa anterior, o Estado do Ceará alcançou melhor pontuação em 16 quesitos. Nos aspectos referentes ao Conteúdo Geral, o Ceará aumentou sua pontuação na apresentação das informações disponibilizadas de cada compra, contrato e das obras referentes à Copa 2014 no Portal da Transparência do Estado.

 

Nos Canais de Informação, o destaque é para as perguntas e respostas mais frequentes em relação ao Mundial disponibilizadas ao cidadão no sítio institucional da Secretaria Especial da Copa (Secopa). Já nos Canais de Participação, a pontuação cresceu com a divulgação dos relatórios mensais de Ouvidoria com os resultados das demandas apresentadas à Ouvidoria.

 

Serviço:

 

Portal da Transparência do Governo do Estado: www.transparencia.ce.gov.br

Canais de atendimento da Ouvidoria:

155 (telefone gratuito)

www.ouvidoria.ce.gov.br

www.twitter.com/OuvidoriaCeara

www.facebook.com/OuvidoriaCeara 

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Divulgados preços dos alimentos nos estádios

Valores estão mais altos com relação à Copa das Confederações 2013

Tapioca na CopaComercializada apenas na Arena Pernambuco, tapioca sai pelo preço de R$ 8

Redação Superesportes /Diario de Pernambuco

A Fifa divulgou nesta segunda-feira os preços dos alimentos vendidos dentro das arenas durante a Copa do Mundo. Os valores estão mais "salgados" com relação aos cobrado na Copa das Confederações do ano passado. Os produtos variam de R$ 15 a R$ 5.

Entre os alimentos mais baratos está o bolo de rolo, vendido exclusivamente na Arena Pernambuco. Já uma tapioca, também comercializada apenas no Recife, sairá por R$ 8. Outras opções de comidas são cheeseburguers e cachorro quentes (R$ 10) e cheeseburguers duplos (R$ 13).

Entre as bebidas, a cerveja com álcool importada, de 473 ml, custará R$ 13. Já a nacional será comercializada por R$ 10, enquanto a sem álcool por R$ 6. Uma água mineral, de 500ml, será vendida também por R$ 6, enquanto um refrigerante, de 600ml. poderá ser adquirido por R$ 8.

Veja alguns preços de alimentos que terão em todas as sedes:

Cheeseburger - R$ 10
☛Double-cheeseburger- R$ 13
☛Cachorro quente - R$ 10,00
☛Cerveja Budweiser 400ml - R$ 13,00
☛Cerveja Brahma 300ml - R$ 6,00
☛Chocolate - R$ 8,00
☛Água - R$ 6,00

Tabela-de-preços

quinta-feira, maio 22, 2014

Palco de tantas histórias, Arena Castelão ganha livro

"Arena Castelão - Governador Plácido Castelo" será lançado nesta quinta-feira, às 9 horas, na Arena Castelão

CAPA-CASTELÃO-DIVULG-LR

De palco a protagonista! Com a chegada da Copa do Mundo, o principal estádio do Norte e Nordeste brasileiro para a competição, a Arena Castelão, ganha o centro dos holofotes de todo o planeta. E recebe também uma completa radiografia em forma de livro. "Arena Castelão – Governador Plácido Castelo" será lançado nesta quinta-feira (22), às 9 horas, no Auditório Blanchard Girão, da Arena Castelão.
 
A publicação é uma iniciativa do escritório de arquitetura Vigliecca & Associados, responsável pelo projeto que renovou o Castelão, e conta com apoio do Governo do Estado do Ceará. Além de aspectos históricos indispensáveis a um estádio de 40 anos, o livro se difere dos demais na literatura esportiva porque traz ainda detalhes dos projetos de arquitetura e engenharia da maior praça esportiva dos cearenses. Tudo recheado com imagens marcantes, maquetes, croquis, plantas, projetos inéditos, e revelações do processo de candidatura de Fortaleza e do Estado do Ceará a sediar a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014.
 
A obra foi construída a oito mãos, com textos de quatro profissionais – o arquiteto Héctor Vigliecca, os engenheiros Sérgio Stolovas e Flávio D´Alambert e o jornalista Ciro Câmara –, abordando diferentes aspectos da transformação do estádio em moderna arena multiuso. Em resumo, um documento histórico que mescla conhecimento técnico, grande parte aplicado de maneira inédita e inovadora, com fatos, curiosidades e cultura do futebol relacionados a um dos principais palcos da bola do futebol mundial.
 
A cerimônia de lançamento vai contar com a presença do secretário Especial da Copa 2014 no Ceará, Ferruccio Feitosa, da secretária Extraordinária da Copa de Fortaleza, Patrícia Macêdo e do arquiteto e urbanista Héctor Vigliecca, sócio-fundador do escritório Vigliecca & Associados, responsável pelo projeto de modernização do Castelão. Uruguaio radicado no Brasil há 40 anos, é um dos principais arquitetos do país. Durante a solenidade, serão feitas homenagens aos três principais clubes do futebol cearense, Ceará, Fortaleza e Ferroviário; à família de Plácido Aderaldo Castelo, através do seu filho Pedro Castelo; ao radialista Gomes Farias, um dos principais incentivadores para a construção do Castelão e ao pesquisador e escritor, Airton Fontenele, um dos grandes nomes dedicados à história do Futebol Cearense.
 
"Uma Arena tão importante e que dá tanto orgulho aos cearenses merecia uma publicação à altura. O relevante deste livro é sua abrangência, já que ele não fala apenas do passado do estádio ou da obra de modernização. Ele servirá também como fonte de pesquisa para os cearenses, inclusive para historiadores e arquitetos", destaca o secretário Especial a Copa 2014 no Ceará, Ferruccio Feitosa, que assina um dos artigos do livro, ao lado do governador Cid Gomes e do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin.
 
Os autores
 
Héctor Vigliecca é arquiteto e urbanista, sócio-fundador do escritório Vigliecca & Associados, responsável pelo projeto de modernização do Castelão. Uruguaio radicado no Brasil há 40 anos, é um dos principais arquitetos do país.
 
Sérgio Stolovas é engenheiro civil, desenvolve atividades nas áreas de estrutura e dinâmica estrutural através da STO Análise e Soluções Estruturais. Atuou como assessor nos projetos de avaliação de desempenho dinâmico do Castelão, entre outros estádios da Copa do Mundo.
 
Flávio D’Alambert é engenheiro civil, diretor técnico da empresa Projeto Alpha Engenharia e diretor-adjunto para a especialidade de Estruturas Metálicas da ABECE (Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural). Responsável pela cobertura do Castelão.
 
Ciro Câmara é jornalista, coordenador de Comunicação da Secretaria Especial da Copa (Secopa-CE). Um dos escritores e editor do livro "PV: Biografia de Uma Paixão – Corpo, Alma e Coração do Estádio Presidente Vargas" (2011), publicado pela Fundação Demócrito Rocha.
 
Ficha técnica
"Arena Castelão – Governador Plácido Aderaldo Castelo"
Autores: Héctor Vgliecca, Sérgio Stolovas, Flávio D’Alambert e Ciro Câmara
Realização: Vigliecca & Associados
Edição bilíngue: português/inglês (nas livrarias a partir de junho)
Número de páginas: 156
Formato: 26 x 29 cm
 
Serviço
Lançamento "Arena Castelão - Governador Plácido Aderaldo Castelo"
Local: Auditório Blanchard Girão, na Arena Castelão (Av. Alberto Craveiro, 2901)
Data: 22/5/2014 
Horário: 9 horas

Coordenadoria de Comunicação
Secretaria Especial da Copa 2014 no Ceará

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quarta-feira, maio 21, 2014

Netshoes irá vender camisa da seleção em máquina de rua

Empresa de comércio eletrônico vai instalar novidade em vários pontos de São Paulo durante a Copa e espera, depois, usá-la para vender outros produtos

Por Rodrigo Capelo - São Paulo (SP)

 

Pense em uma máquina de refrigerantes da Coca-Cola, porém verde e amarela e repleta de camisas da seleção brasileira para a venda. É assim que vão funcionar máquinas de rua desenvolvidas pela Netshoes que serão instaladas em vários pontos de São Paulo para atender a torcedores brasileiros e estrangeiros durante a Copa do Mundo que está prestes a começar.

A ideia é que, depois do evento, a “sport machine” venda todo tipo de material esportivo, mas a camisa da seleção foi escolhida para o lançamento. Será um braço offline da empresa. As camisas sairão em um cilindro com o logo da campanha “Brasil, viva o futebol como nunca”.

O ator e humorista Rafael Cortez foi contratado para ser embaixador da iniciativa. Ele aparece em vídeos exibidos pela máquina para explicar como ela funciona. O único problema é que ouvir todas as falas dele leva em média cinco minutos. Se houver muita demanda, como é previsível que haja, e todos quiserem assistir às explicações, prepare-se para encarar longas filas.

Para aumentar a eficácia da máquina, a Netshoes a desenvolveu também na língua inglesa, pensando em turistas, e adaptada para deficientes auditivos. “Investimos em uma experiência similar à da loja virtual, permitindo que o cliente tenha uma visão do produto em alta resolução e possa girá-lo em 360 graus por meio da tela touch screen”, disse Juliano Tubino, CMO da empresa de comércio eletrônico, em um comunicado oficial.

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segunda-feira, maio 19, 2014

Mostra reúne trabalho de fotógrafas que registram mulheres no futebol

Por   | Para: CBN Foz

Fotografia em exposição na 'As donas da bola' (Foto: Eliária Andrade)Fotografia em exposição na 'As donas da bola' (Foto: Eliária Andrade)

Uma exposição em São Paulo reúne um conjunto de 121 imagens que retratam a presença da mulher e suas relações com a cultura do futebol, esporte tão característico do universo masculino. Todas as fotografias foram feitas por 11 mulheres que tem trabalhos relevantes no fotojornalismo brasileiro, como Ana Carolina Fernandes, Luciana Whitaker, Marcia Zoet, Marlene Bergamo, Mônica Zarattini e Nair Benedicto.

Para este projeto, as imagens foram feitas em diversos locais do país - como São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Amapá e Bahia, mostrando, além das peculiaridades de cada região, que o fanatismo e o amor pelo time também pertencem ao universo feminino.

“Essa iniciativa pretende preencher uma lacuna importante ao aplicar a percepção e a consciência social sobre a importância da mulher no futebol enquanto esporte, dentro de uma cultura nacional ainda em formação”, comenta o curador Diógenes Moura.

As Donas da Bola
de 18 de maio a 13 de julho
Local: Centro Cultural São Paulo
Rua Vergueiro, 1.000 – São Paulo, SP

Fotografia parte da exposição 'As donas da bola' (Foto: Marcia Zoet)Fotografia parte da exposição 'As donas da bola' (Foto: Marcia Zoet)
Fotografia parte da exposição 'As donas da bola' (Foto: Luciana Whitaker)Fotografia parte da exposição 'As donas da bola' (Foto: Luciana Whitaker)
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Após 12 anos, Atlético deixa a 2ª divisão, se reconstrói e ganha 'La Decima' antes do Real

Por Igor Resende, do ESPN.com.br
Getty
Torcida do Atlético faz festa em Madri e pinta a cidade de vermelho, azul e branco
Torcida do Atlético faz festa em Madri e pinta a cidade de vermelho, azul e branco
A cidade de Madri era toda branca em 15 de maio de 2002. Não por menos. A mais de 1.700 quilômetros dali, em Glasgow (Escócia), o Real Madrid batia o Bayer Leverkusen e conquistava a Europa pela nona vez. Começava ali também uma das maiores obsessões do futebol europeu atual: a desesperada busca merengue pela La Decima - o décimo título da equipe na Uefa Champions League.
O outro clube da cidade vivia uma realidade completamente diferente. Dias antes, em 28 de abril, o Atlético finalmente acabava com seu calvário de dois anos pela segunda divisão espanhola. Via de longe os principais rivais comemorarem um título que nunca parecera tão distante da realidade colchonera e apenas tentava se reorganizar depois de um dos piores períodos da história do clube.
No próximo sábado, porém, a história é outra. Após 12 anos, o Atlético conseguiu o que parecia improvável: se reestruturou, montou um time para competir de frente com os gigantes e chegou à mesma final de Champions, curiosamente diante do grande rival. E embalado pela conquista do décimo título espanhol de sua história. Para delírio da torcida, a ‘La Decima' colchonera chegou antes da merengue. Uma espécie de homenagem mais do que justa dos ‘deuses do futebol' no ano da morte de Luis Aragonés, maior ídolo da história do clube e responsável por encerrar o calvário do Atlético pela segundo divisão espanhola.
A caminhada pelo inferno
O dia 6 de maio de 2000 sempre ficará marcado negativamente na mente de qualquer torcedor colchonero. Quatro temporadas depois de viver seu ápice, com o doblete de títulos no Espanhol e na Copa do Rei, o Atlético se via rebaixado pela segunda vez na história para a segunda divisão espanhola. E com requintes de crueldade, com um empate por 2 a 2 contra o Oviedo e duas rodadas ainda a serem disputadas naquela competição.
Em 2002, Atlético não fazia frente ao Real de ZidaneO time, abalado por um escândalo de falsificação de documentos e sonegação de impostos que levou o presidente Jesús Gil para a prisão, estava muito abalado em campo. Pouco depois, no dia 27, o Atlético ainda perderia a final da Copa do Rei para o Espanyol.
Mas nem mesmo o mais pessimista dos torcedores imaginou que a "caminhada pelo inferno", como ficou conhecido na Espanha o período do Atlético na segunda divisão, poderia durar mais de um ano. Mas, de novo com requintes de crueldade, os colchoneros não conseguiram o acesso na temporada seguinte. Por seis gols de saldo, o Tenerife ‘roubou' a vaga na elite do futebol espanhol.
Era a vez de um salvador resgatar a equipe. E ninguém poderia ser mais perfeito para a missão do que Luis Aragonés. Dono de cinco troféus pelo clube como jogador e mais cinco como treinador, ele negou convites de times da primeira divisão para assumir o time do coração. Com o então menino Fernando Torres no elenco, com Mono Burgos (hoje assistente de Simeone) debaixo das traves e com o surpreendente artilheiro Diego Alonso, o calvário acabou no dia 28 de abril de 2002 em um empate sem gols com o Xerex.
A previsão
Luis Aragonés conhecia o Atlético como ninguém. E por isso, deixou claro logo após a campanha do acesso: "O clube vai precisar de seis a oito anos para voltar a competir no mais alto nível". E assim foi. Depois de cinco temporadas frequentando sempre o meio da tabela na Espanha e se reestruturando aos poucos, os colchoneros terminaram com o quarto lugar na temporada 2007-08, seis anos após o acesso, e voltariam a disputar o primeiro escalão das competições europeias com a vaga na Uefa Champions League. Paralelamente, ainda levantaram o título da Copa Intertoto.
Aragonés soube prever o futuro do amado Atlético
Aragonés soube prever o futuro do amado Atlético
Para seguir a previsão de Aragonés, o primeiro título mais importante veio oito anos depois do acesso, com a Europa League de 2010. O Atlético estava pronto para ser grande mais uma vez e mostrava isso não só dentro de campo como fora dele. Neste período, o clube perdeu peças importantes, como Fernando Torres, mas sempre soube achar um substituto a altura. E sem fazer loucuras e comprometer o orçamento sempre muito mais apertado que o dos gigantes Real e Barcelona.
A chegada de Simeone e de sua filosofia vencedora em 2011 completou o renascimento colchonero e fechou as contas de um período que custou nada menos de 696 milhões de euros aos cofres do clube, que contou com 17 treinadores e 261 jogadores entre a glória de 1996 e o décimo título do Campeonato Espanhol conquistado no último final de semana.
La Decima do Atlético veio antes, mas Real pode conquistar a sua no sábado
La Decima do Atlético veio antes, mas Real pode conquistar a sua no sábado


Saneamento dos clubes pressupõe medidas duras

O Globo

O Globo - Editorial

Editorial do O Globo

Se mantiverem sua descuidada opção gerencial, em 2015 boa parte dos grandes clubes brasileiros chegará virtualmente à falência. Muitos não conseguirão mais fechar as já precárias contas, comprometidas por elevados passivos que os inviabilizam financeira e administrativamente.

Os clubes são a base sobre a qual o futebol brasileiro se desenvolveu dentro dos campos, a ponto de ter se tornado um gigante nos gramados, pentacampeão do mundo e com o Brasil partindo para sediar pela segunda vez a Copa da Fifa.

No entanto, vivem uma realidade em que, em penúria, dão a impressão de que o esporte mais popular do país cresceu com pés de barro.

Esse quadro é fruto de uma equivocada política na qual se misturam administrações marcadas por interesses pessoais e/ou políticos de cartolas, irresponsabilidade contábil e tibieza de uma legislação que não responsabiliza diretores por má gestão.

Há casos de agremiações gerenciadas como feudos, com dirigentes despreocupados com a saúde do caixa; outras, enveredam pelo caminho do endividamento insensato, trocando sistematicamente uma dívida por outras, ou sonegando obrigações fiscais, em deliberada política de empurrar para um futuro que parecia nunca chegar o necessário acerto de seus balanços.

Mas o futuro chegou, e com ele a imposição de sanear os clubes. A situação é insustentável, mas muitos dirigentes parecem não ter acordado para a dimensão do problema, ou simplesmente preferem apostar na permanência do caos como trunfo para possíveis pressões por anistias fiscais ou perdão de dívidas.

É uma esquizofrenia que se mede em números: apesar de, em geral, as agremiações registrarem nos últimos anos quedas exponenciais de receita, em 2013 houve um forte incremento dos custos do futebol, advertiu recentemente o consultor de marketing e gestão esportiva Amir Somoggi. Temeridade alimentada, por certo, por uma legislação propícia à leniência.

É neste contexto que a Câmara dos Deputados discute um projeto de lei de renegociação das dívidas, instrumento crucial para o saneamento dos clubes. Aprovado preliminarmente numa comissão formada apenas para estudar a questão, o projeto prevê um prazo de 25 anos para a quitação das dívidas fiscais. Ao menos até o atual estágio de discussão e consolidação do texto, não parece se tratar de simples perdão.

O projeto é duro, como deve ser, impõe, como contrapartida ao alívio das condições de pagamento dos débitos, pesadas sanções — perda de pontos, afastamento de diretores e, no limite, até o rebaixamento dos times de clubes que aderirem ao pacto e não o cumprirem. A ver.

O texto oferece uma saída às agremiações e acena com o imperativo da responsabilidade gerencial. Neste sentido, pode vir ao encontro do que sugere a presidente Dilma Rousseff: que a reforma e modernização do futebol brasileiro sejam legados da Copa. Para isso, mudanças que levem à moralização do setor não podem ficar apenas nas intenções. É crucial que sejam de fato adotadas.

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quarta-feira, maio 14, 2014

Ministério do Esporte investe no desenvolvimento do futebol feminino

Coordenação específica da modalidade busca soluções para melhorar a estrutura para as jogadoras brasileiras

por Portal Brasil

O Ministério do Esporte vem investindo para desenvolver e estruturar o futebol feminino no País. Desde a criação da coordenação específica voltada para a modalidade, em dezembro de 2011, o grupo encabeçado pela ex-jogadora da Seleção Brasileira Michael Jackson busca soluções para melhorar a estrutura da modalidade para as jogadoras brasileiras.

Desde então, ações do Ministério do Esporte possibilitaram a realização de duas Copas Libertadores da América de Futebol Feminino no Brasil. Outra grande conquista para a modalidade no País foi o Campeonato Brasileiro, que teve a última edição em 2001 e retornou no ano passado. O torneio conta com o patrocínio da Caixa Econômica Federal e o apoio do Ministério do Esporte.

Além disso, os investimentos também fortalecem a formação de base da categoria, com a realização da Copa Brasil Escolar Sub-17 e da Copa Brasil Universitário 2014, de 16 e 23 de maio, em Brasília.

Fonte:
Ministério do Esporte

O patrocínio esportivo no Brasil está quebrando?

No Brasil o patrocínio esportivo se resume a loteamento de camisas pelas mesmas marcas sem que os clubes saibam utilizar o seu potencial e imagem de uma forma estratégica.

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Quando publiquei minha comparação entre a Libertadores e a Champions League muita gente argumentou que a diferença de organização e valores se deve à proporção entre o PIB dessas regiões. Acredito que atribuir a colossal diferença entre os campeonatos, e os próprios times, ao PIB é uma análise muito pobre e defasada. Pretendo analisar diversos aspectos para demonstrar que mesmo com a diferença econômica poderíamos sim ter campeonatos e times muito mais rentáveis e melhores organizados. O primeiro ponto é o patrocínio esportivo no Brasil.

Recentemente vimos a Nissan substituir a Ford na Champions League por algo em torno de 55 milhões de euros. A justificativa para isso é que utilizará o campeonato para se posicionar como a montadora asiática preferida na Europa.  Já por aqui, vocês se lembram da forma que a Nissan agiu recentemente… Simplesmente rescindiu o contrato com o Vasco devido aos acontecimentos em Joinville. Isso é branding, é posicionamento de marca!

É fato que na Europa o patrocínio a um time é uma forma de se posicionar junto àquele nicho e obter diferenciação no mercado. Na dupla Real Madrid e Barcelona, observe que fora alguns patrocinadores como a Coca-Cola, que vem utilizando o patrocínio a rivais regionais para se posicionar, não há repetição entre eles, inclusive os principais são rivais em um mesmo mercado e utilizam os clubes para se posicionarem.

esportivo

Também não podemos pensar que na Europa tudo são flores. Pelo contrário, no Barcelona há um problema sério entre patrocinadores, já que enquanto o time conta com a Qatar Airways na camisa, seu principal jogador, Lionel Messi, é patrocinado pela Turkish Airlines, o que gera um grande desconforto entre os dirigentes, inclusive sendo alvo da nova negociação de contrato entre as partes.

No Brasil, exceto raras exceções, não há uma estratégia de posicionamento das empresas utilizando o clube ou a torcida. Alias, em um mercado aquecido como o nosso (Copa do Mundo e Olimpíadas) há sim uma melhor análise por parte das empresas e, talvez, por isso elas estão cada vez mais longe da desorganização e falta de visão dos clubes. Sinceramente, você já viu algum clube conhecedor do perfil de seu torcedor e do seu potencial de consumo? Ou mesmo sabem como podem ser usados individualmente por empresas que almejam a liderança de mercado através do esporte?

Assim, os clubes recorrem à política para conseguirem financiar espaços em suas camisas. Exemplificar isso é fácil, basta ver que na séria A três instituições bancárias estampam suas marcas em onze clubes: Caixa em sete, Banrisul e BMG em dois. Caso amplie a análise para as outras divisões esse número só aumenta. Só o BMG, por exemplo, já chegou a representar mais de 30 clubes.

Mesmo os clubes que possuem patrocinadores de outros segmentos acabam tornando-se reféns deles, caso do Fluminense que possui opatrocínio mais antigo do futebol brasileiro, porém, como disse Ricardo Tenório, o clube é um reino dividido de egos  e não há como prosperar diante dessa divisão.

Além disso, o conceito de patrocínio esportivo no Brasil é recorrente somente a camisa do clube, o que a transformou em um grande loteamento de espaços e marcas, onde o escudo do time é o que menos importa. Fico me perguntando se para as empresas isso funciona, porque sinceramente não consigo me lembrar da marca que estampa o ombro do Corinthians ou a manga do Flamengo.

patrocínio

Foto: Corinthians/Reprodução

Recentemente o Flamengo comemorou que fechou com a Herbalife sem a necessidade de estampar mais uma marca na sua camisa, que já possui cinco empresas em seis diferentes locais. Mas não há uma cultura de patrocínio por segmento e oportunidades não faltam. Quer um exemplo?

Em 2012, Fred reclamou publicamente de sua BMW recém-comprada e teve uma audiência grande em torno do problema porém a solução quase passou batido sem a marca ou qualquer corrente se utilizar disso. Bom, não preciso falar que em clubes europeus por mais que os jogadores tenham suas coleções, são obrigados por contrato a utilizar os carros de seus patrocinadores nas dependências do clube e eventos oficiais, sem contar a publicidade positiva que gera em torno da marca.

Enquanto tivermos clubes como o Atlético MG, que o próprio presidente diz que o setor de marketing é desnecessário, e que possui um dos atletas mais midiáticos do planeta e não o utiliza para nada, veremos os times brasileiros mendigando por patrocinadores, sem criatividade, e perderem cada vez mais oportunidades de utilizar os seus principais ativos, sua marca e seus torcedores.  E que não me venham falar que faltam patrocinadores…

*Empreendedor, formado em Administração, Gestão de Projetos e Design de Experiência. Acha que a assistência é mais importante que o gol e sempre quis ser um camisa 10, mas foi no máximo a 2. Enxerga o esporte muito mais do que as quatro linhas ou como apenas um negócio, acredita ser uma manifestação social, uma experiência única, e espera transformar o futebol brasileiro em uma Champions League.

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